domingo, 10 de janeiro de 2016

Barros de Alencar

Lenda viva do rádio brasileiro, Barros de Alencar apresentou nos anos 80 do século passado um programa de televisão que levava seu nome e concorria com o hoje ícone Chacrinha. Criou bordões que ficaram famosos no imaginário popular como "Alô mulheres, segurem-se nas cadeiras" e "Alô marmanjos, não façam besteiras". Promoveu concurso para eleger o melhor imitador de Michael Jackson que, para surpresa de todos, sagrou-se campeã Lúcia Santos, que ficou conhecida como a Maika Jeca.
Conheci esta figura com quem trabalhei na rádio Tupi de hoje, século 21, onde ia todas as tardes em carro dirigido por um sobrinho.  Uma flor de pessoa. Tinha problemas de saúde, que o obrigou a ser operado pelo conceituado médico carioca Paulo Pontes, o mesmo que tratou dos problemas da corda vocal do apresentador Silvio Santos. Passou também pelo Hospital de Câncer de Barretos, no interior paulista, uma operação bem-sucedida segundo a irmã Virgínia. Barros de Alencar é um vencedor em todos os setores por que passou.
Tem 84 anos e nasceu em Uiraúna (PB), terra do jornalista José Nêumanne Pinto, e também da deputada federal Luiza Erundina. Iniciou a carreira artística na rádio Borborema, em Campina Grande, depois tentou Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e, finalmente, São Paulo, onde fez parte dos apresentadores das rádios Record, Tupi e América. Gravou versões tanto de poesia como de música e fez sucesso nas chamadas classes populares.
Ganhou vários prêmios internacionais. Um dia, quando a memória brasileira ganhar vitalidade, ele será o centro de um grande filme dirigido por um diretor de Hollywood.