Conheci na época uma certa Márcia Biondi, prima do Aloysio, que trabalhava no escritório do advogado Aldo Lins e Silva, de presos políticos. Mas a conversa com o grande jornalista versava quase sempre sobre nossa família - ele e seus filhos e eu e meus filhos. Nada de grandes assuntos nacionais, isso ele deixava para engordar a pasta que carregava embaixo de um dos braços.
Sei que Aloysio Biondi deixou uma legião de seguidores, gente da mais alta qualidade, na área de Economia. Escreveu um belo e importante livro sobre as privatizações. Era uma daquelas pessoas que achavam que todos deveriam entender dessa importante área, a Economia que ele manjava como poucos.
Não lembro de ver o Aloysio Biondi aborrecido ou frustrado com alguma coisa, ele que pensava no macro, nunca no varejo. Levava a vida como ela deveria ser levada. Dados mais importantes e precisos sobre ele vão ficar para os especialistas. Dele lembro que nos encontramos na porta da Folha de S. Paulo, ambos subindo à direção, eu com um cliente e ele sozinho com a pasta cheia de recortes, certamente para discutir no mais alto nível os rumos deste País infeliz.
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