Marcou a princípio um almoço na casa do figurão, pelos lados do Morumbi. No dia acertado disse que o famoso autor de telenovelas havia sido convocado às pressas pela Globo, para onde estava de malas prontas, pois tinha feito sucesso retumbante na antiga TV Manchete. Bom. Marcamos e remarcamos várias vezes. Nada. Até que um dia o próprio rapaz, humilde, simples, confidenciou que as duas filhas do figurão é que tinham barrado nosso encontro como, aliás, faziam com todos aqueles que procuravam se aproximar do querido e rendoso pai (elas eram suas assistentes).
Uma noite em festa memorável em casa de atriz teatral conheci um dos maiores atores de teatro, TV e cinema brasileiro, Raul Cortez, com quem troquei algumas ideias e lhe contei o caso do quase-fui-escritor-de-telenovelas. Ele riu, disse que havia passado por situações semelhantes e que a pessoa em questão era conhecidíssima nos meios como alguém de fato egoísta, fechado em duas assistentes nomeadas por ele, justamente suas filhas.
Já tinha esquecido o episódio, mas as lembranças da conversa com Raul Cortez, extremamente agradáveis, é que ficaram na memória, afinal as coisas grandes é que nos motivam a enfrentar o nosso dia a dia.

Raul Cortez, um dos maiores atores de nossos palcos em todos os tempos
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