segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Silvio Santos

Ao contrário de muitos colegas puxa-sacos de patrões - há aqueles famosos que dizem com orgulho terem visto os flamingos maravilhosos pescando na mansão do Roberto Marinho - nunca fui chegado aos bigshots da mídia. Mesmo assim, um dia fui convidado a entrar na casa do Silvio Santos. Vou contar o caso como o caso foi. Silvio Santos havia voltado de uma de suas turnês pela Europa e mandou espalhar por aqui que seria candidato a Presidente da República. O Estadão, onde trabalhava como repórter, me escalou para entrevista-lo no aeroporto de Guarulhos. Montamos uma espécie de coletiva, um dos cinegrafistas gentilmente me emprestou o retorno dele que estava sem repórter e não tive muitos problemas, deu para anotar tudo. Fomos à casa do Silvio Santos no Morumbi. Ele deu nova entrevista confirmando sua candidatura ao posto maior do País. No final, todo mundo foi embora e ele me provocou: "Por que você não fez muitas perguntas hoje?". Eu respondi dizendo que era nosso primeiro encontro, que só o conhecia da telinha. O biógrafo e seu assessor direto Arlindo Silva, meu amigo, disse nos ouvidos do patrão que eu cobria a área política e encheu de elogios ao meu trabalho. SS me convidou então a entrar em sua casa, onde me recebeu com água e cafezinho. No dia seguinte ganhou uma página, só que sua candidatura fez água.

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